Primal Attack

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SOURCE — Primeiramente parabéns pelo lançamento do álbum Heartless Oppressor. Como você avaliaria a produção do disco?

Miranda (Bass) – A produção ficou a cargo do nosso guitarrista Miguel Tereso e a avaliação que fazemos é super positiva, já todos sabíamos a qualidade do Tereso e por isso o produto final não foi surpresa nenhuma.

SOURCE — Como foi a produção do vídeo Halfborn para divulgação do Heartless Oppressor?

Miranda (Bass) – Trabalhando eu na área audiovisual, em termos técnicos não foi complicado juntar os meios para o fazer, a ideia de fazer o vídeo para essa música já vinha da altura em que a música ainda estava na fase de “demo”, assim que a música ficou acabada na nossa cabeça fez todo o sentido ser esse o primeiro videoclip e a ser apresentado.

SOURCE — Nos últimos anos Portugal tem mostrado grandes bandas como Hills Have Eyes, More Than A Thousand, dentre outros. Que mais novidades no estilo você poderia nos indicar?

Miranda (Bass) – Felizmente em Portugal o nível de qualidade das bandas têm subido imenso nos últimos anos e dentro dos vários estilos de metal é possível encontrar boas bandas no nosso país como por exemplo Switchtense, Revolution Whitin, Analepsy, For the Glory, Vira Lata, etc. Podemos ser um país pequeno mas em termos de qualidade acho que não ficamos a dever nada a nenhum outro.

SOURCE — É viável financeiramente ter uma banda como o Primal Attack considerando a economia portuguesa atual?

Miranda (Bass) – Acho que a mesma banda em qualquer outro país iria passar pelas mesmas dificuldades, o problema reside no facto de neste momento existirem imensas bandas a aparecer constantemente, o que torna seres reconhecido e fazer um bom acordo com uma editora de Top internacional muito mais difícil. Sem isso é sempre muito complicado uma banda tornar-se viável financeiramente.

Pica (Vocals) – Já para não falar que hoje em dia, as bandas têm de passar mais tempo na estrada, pois é daí que provém o principal incoming. As vendas de discos estão num patamar muito baixo neste momento!

SOURCE — Bandcamp e YouTube são mídias muito boas para divulgação de bandas nos dias atuais. Como utilizar esses recursos contra pirataria de incentivar o público a consumir mais mídias físicas como CDs, vinis etc?

Miranda (Bass) – Acho que lutar contra a pirataria é uma causa perdida, é praticamente impossível conseguir controlar tudo o que circula pela internet. Tanto no nosso primeiro álbum como agora com o Heartless Oppressor, antes do álbum ser posto à venda já estava na internet para download. Sinceramente eu ficava chateado era se não estivesse na internet, isso possivelmente queria dizer que o disco era tão mau que ninguém se deu ao trabalho de fazer um upload (risos). Eu prefiro acreditar que se as pessoas gostarem mesmo do que ouviram, vão acabar por comprar o álbum, porque sabem que dessa maneira estão a ajudar a banda.

SOURCE — Qual a visão que vocês tem do cenário atual brasileiro e da receptividade de nosso país para esse tipo de música?

Miranda (Bass) – Desde de miúdo sempre tive a ideia que no Brasil a aceitação ao Metal sempre foi maior do que em Portugal por exemplo. Penso que isso se deve ao facto de terem existido bandas como os Sepultura, Ratos do Porão, Angra, Krisiun e outras que tiveram um nível de popularidade tão grande lá fora (especialmente Sepultura), que talvez tenha ajudado a população brasileira a ter uma maior respeito pelo gênero.

SOURCE – Algum desejo de vir ao Brasil para uma tour?

Miranda (Bass) – Claro que sim! Como qualquer banda, queremos levar a nossa música ao máximo de locais possíveis. E era um gosto enorme poder ir a um país que tanta história partilha connosco.

Pica (Vocals) – Sem dúvida que gostaríamos muito de poder fazer uma tour no Brasil, mas sabemos dos custos envolvidos num tipo de tour destas, mas quem sabe talvez vocês conheçam alguém que nos possa ajudar a tornar isso uma realidade! (Risos)

SOURCE – Algo mais a ser acrescentado?

Miranda (Bass) – Eu diria para o povo brasileiro se quiser, tirar um pouco de tempo para ouvir a boa música que se faz em Portugal. Continuamos a ter algumas bandas brasileiras a passar pelo nosso país mas o inverso raramente acontece e acho que há toda uma parceria que poderia ser benéfica para ambos os lados.

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