Terrorvalde

Terrorvälde

SOURCE – Eu tomei um susto quando o Bandcamp mandou o link de vocês para analise. Nome de banda em sueco, letras e vocais em português e uns riffs que lembram os grandes nomes do metal sueco dos anos oitenta. Como você apresentaria a banda?

Fabricio Karlsson (Vocals) – A banda basicamente é formada por pessoas envolvidas em outras bandas punks então eu definiria o Terrorvälde como uma banda punk feita por pessoas com variados gostos musicais que acabam aparecendo de uma forma ou outra. A ideia inicial e que se mantém é fazer hardcore punk, mas sem restrições.

SOURCE – Como foi o processo de formação do Terrorvälde e a inserção das letras em português?

Fabricio Karlsson (Vocals) – A banda começou a ensaiar um ano atras com o propósito de tocar fastcore. Eu entrei na banda a convite do baterista e amigo Anders. A ideia das letras em português iniciou-se com o convite do Anders. Em 2016 uma banda do sul da Suécia em Malmö chamada Remiso que canta em português, tocou em um festival em Estocolmo chamado Punx 44 e convidou-me para cantar o cover do RDP Crucificados pelo Sistema.

Eu fui vocalista de bandas crusts antes mas nos ultimos 15 anos eu tenho me dedicado a tocar somente guitarra. O Anders me viu e depois de um ano, eles estavam a procura de um vocalista e me convidou e disse que eu poderia cantar em portugues se quisesse, basicamente foi assim. Provavelmente teremos letras também em sueco mas a prioridade será portugues, pois é divertido.

SOURCE – Como tem sido a aceitação da banda na cena. Há alguma restrição devido as letras em português?

Fabricio Karlsson (Vocals) – Pelo contrário. A aceitação tem sido muito boa pois geralmente na Suécia canta-se basicamente em sueco ou inglês e o fato de ter uma banda sueca em português causa curiosidade e fascínio.

SOURCE – Vocês tem seis músicas disponíveis no BandCamp. Fale mais a respeito.

Fabricio Karlsson (Vocals) – Essas musicas foram gravadas um mes após eu entrar na banda e deve sair em vinil ainda esse ano. Mas já estamos preparando musicas novas, com gigs marcadas e mesmo conversando sobre uma possível turnê no Brasil. Pessoas interessadas em fazer algo com a gente seja lançamentos ou futuras gigs no Brasil ou somente dar um salve sinta-se livre para escrever.

SOURCE – Atualmente como você realizaria uma comparação entre a cena brasileira e a cena sueca?

Fabricio Karlsson (Vocals) – Eu evito fazer comparações por razões óbvias. São países completamente diferentes em suas culturas e histórias, assim como aspectos sociais. Então cada cena tem suas respectivas qualidades e defeitos.

SOURCE – Como você foi para a Suécia e atualmente como é a sua vida no país?

Fabricio Karlsson (Vocals) – Inicialmente foi meu contato com a musica e com o passar dos anos eu encontrei um lugar onde eu me identifico por completo. Aonde as pessoas sabem a definição de espaçoo e privacidade. Minha vida é corrida mas não posso reclamar, sou pedagogo de alunos numa escola especial, estudo para professor de sueco e historia, toco em vários projetos e o pouco tempo que me resta eu descanso ou vou a algum concerto.

SOURCE – A Suécia é um país musical, você avalia que há mais possibilidades de se tornar um músico na Suécia que no Brasil?

Fabricio Karlsson (Vocals) – O Brasil também é um país altamente musical a diferença é que na Suécia não existe como musica regional: samba, sertanejo, bossa nova etc. Na Suécia tem-se trovadores ou rock e pop como variantes. Viver de música é difícil, mas da para os músicos manterem suas bandas e projetos sem tirar dinheiro do bolso. Os que vivem de música tem isso como trabalho e depede como sempre da qualidade e da sorte de sua música agradar um publico consumidor num exato momento.

SOURCE – De um modo geral como os Suecos visualizam atualmente o Brasil?

Fabricio Karlsson (Vocals) – Não se sabe muito do Brasil. As principais referencias continuam sendo Sepultura, Sarcófago e Ratos de Porão.

SOURCE – Atualmente que bandas novas brasileiras e suecas você recomendaria para o público?

Fabricio Karlsson (Vocals) – Ja faz mais de uma década que eu não sigo coisas novas do Brasil. Gosto das bandas dos meu amigos no Social Chaos, Fear of the Future, Rot, Cruel Face e Helvetin Viemärit. Suecas eu diria minhas outras bandas Idiot Ikon e Hangman’s Daughter também como bandas novas Voidfiller, Remiso, Diagnosis Bastard, Murdering Murderers.

SOURCE – Algo mais a ser acrescentado?

Fabricio Karlsson (Vocals) – Obrigado pelo interesse e esperamos vir ao Brasil em breve.

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