The Mist

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SOURCE – Over My Dead Body e My Inner Monstrer marcam uma nova fase na banda. Você poderia nos explicar como foi o processo de produção e lançamento dessas faixas?

Vladimir Korg (Vocals) – Foi um trabalho intenso. Composição, pré-produção e um cronograma apertado. Elaborei os temas das músicas e o Edu Megale fez a composição. Conseguimos trabalhar em conjunto e foi perfeito. Quando nos vimos preparados contratamos o Riccardo Linassi para os tambores e ele veio como uma máquina de guerra. Nosso produtor Alan Wallace (Eminence/The Unabomber Files) observou todo o processo de composição e finalizamos o álbum em praticamente dois meses. A pré produção foi essencial para que nosso trabalho saísse do jeito que queríamos. Depois fizemos um planejamento de lançamento nas redes sociais e da parte física e estamos, agora em dezembro de 2021, no meio desse planejamento. Hoje se não houver um planejamento prévio de todo o processo, você além de perder dinheiro você perde a sua música.

SOURCE – Na época do lançamento de Over My Dead Body e My Inner Monstrer, eu recebi uma notificação do Spotify sobre esses lançamentos. Como você avalia esse processo de streaming para divulgação de bandas atualmente?

Vladimir Korg (Vocals) – São os tempos que vivemos. Novos formatos e novos meios de se ouvir música e vai mudar ainda mais. As coisas estão supersônicas e quem não se adaptar vai ficar. Quem pensar que somente a sua música vai dar conta e irá ser descoberta por acaso por um grande produtor e bla bla bla não tem a mínima chance. É triste mas os novos tempos pedem pragmática . A produção tem que ser irretocável, a música bem feita e sua distribuição impecável e mesmo assim você corre o risco de boiar. Temos uma coisa no Metal que nos diferencia. O amor à música. Isto nos dá uma sobrevida nas vendas dos produtos físicos como camisetas, cds e vinil. Hoje uma boa merchandising é tão necessária como um bom equipamento.

SOURCE – Phantasmagoria e The Hangman Tree também destacam-se pela ótima concepção gráfica. O que você poderia mencionar sobre a arte de Over My Dead Body e My Inner Monstrer?

Vladimir Korg (Vocals) – A arte é a cara da sua música. Já venho trabalhando com o Anderson do Natureza Morta desde quando tocava no Chakal. Temos uma boa conversa. Conversamos muito sobre os conceitos e ele entende bem o que eu quero falar. Não gosto muito de interferir no trabalho do artista então ele fica bem livre pra criar. Ele não tem errado nos trampos que peço a ele.

SOURCE – Há alguma previsão de produção de video clipe para divulgar os últimos singles?

Vladimir Korg (Vocals) – Sim, devemos fazer o vídeo clip com o Davidson (baixista do Eminence) da Over my dead Body. Se der tudo certo estreamos em fevereiro ou março.

SOURCE – Observei que a banda tem alguns itens de merchandise disponíveis na UK Camiseteria e Fog You Merch. Como estão os licenciamentos da banda?

Vladimir Korg (Vocals) – Estamos nos ajeitando quanto a isso. Reabriremos nossa loja com itens e combos para nossos fãs colecionadores. Os licenciamentos fora estamos ainda em negociação.

SOURCE – Durante o período da pandemia, quais as novas ações que você desenvolveu ou realizou que até então nunca tinha feito?

Vladimir Korg (Vocals) – Acho que abri muito a banda para parcerias com outras bandas e pessoas ligadas ao metal. Seja casa de shows, produtores, artistas e fabricantes de cds e camisetas. Percebi o quanto é interessante você sair um pouco da sua banda e ver outra cadeia produtiva dentro da música de pessoas que não necessariamente são músicos. Fiz muitos amigos e parceiros.

SOURCE – Há alguns anos a cena mineira tem realizado a volta de algumas bandas que até então estavam com suas carreiras encerradas. Como você avalia essas voltas focando em um novo cenário e novas bandas?

Vladimir Korg (Vocals) – Eu vejo algumas bandas voltando, dando entrevistas, falando sobre os velhos tempos mas é preciso um trabalho concreto. Vejo que a maioria delas começa bem mas depois vê que o buraco é mais embaixo e some. Algumas bandas como o Mutilator se colocou na cena e encarou as adversidades e está indo. Nós passamos por isso em 2019 e conseguimos nos manter e mesmo com toda a dificuldade de troca de formação, estamos em pé e prontos para 2022. Estamos com um trabalho sólido inédito, as músicas antigas estão parecendo músicas novas e estamos agora formatando os detalhes do palco. Os produtores estão nos chamando e devagar estamos preenchendo nossa agenda. Torcendo para que ao menos aqui a gente faça as coisas direito, com segurança e respeito ao público.

SOURCE – Perspectivas para 2022?

Vladimir Korg (Vocals) – Tocar muito. Rever nossos amigos de estrada. Voltar a ter os melhores fins de semanas do mundo. Muita gente nos shows, muitos reencontros e preparar nosso álbum novo. Se o vírus não atrapalhar, 2022 vai ser foda e é o que desejamos a todos. Um abraço !

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