Vulcano

Vulcano

SOURCE – Desde os primórdios, o Vulcano criou uma central de relacionamento com os fãs. Distribuindo cópias de um informativo do Fã Clube etc. Atualmente como você avalia essas novas interações das bandas com os seus públicos?

Zhema Rodero (Guitars) – Falber, você é testemunha ocular desse fato porque lá em 1985 já fazia parte dessa rede de contatos que o Vulcano fazia com seus fãs e futuros fãs. Um pouco antes do lançamento do álbum “Live” de 1985, eu editava um informativo o qual na verdade era um dos primeiros “fanzines” brasileiros, porque havia espaço para outras bandas e outros fanzines da época. Aqueles que ainda possuem poderão constatar isso tudo que estou dizendo. Era uma edição quadrienal nas quais ocorreram muita troca de informações. Os envelopes eram nosso “whatsapp” e os selos postais eram nossa operadora de Internet. Uma troca mensagem demorava, quando ultra rápida, 20 dias. Dito isso nem preciso me referir como é nos dias atuais, pois todos sabem.

SOURCE – O Spotify revolucionou o acesso do fã a suas bandas preferidas, embora pague muito pouco as bandas. Qual o motivo do álbum Who Are The True ainda não está nessa plataforma? Qual sua opinião sobre os serviços de streaming atuais?

Zhema Rodero (Guitars) – Há poucos anos eu achava os serviços de “streaming” um desserviço às bandas, porém hoje penso que não tem mais para onde fugir, ou você se adapta ou você simplesmente morre! A garotada que veio na Terceira Geração do Metal Extremo, em sua maioria, não tem um Vinil ou CD em suas casas, tem apenas um aparelho celular e um par de fones de ouvidos. Eu, e somente falo por mim, acredito que para uma Banda ter uma Discografia, tem que ter lançamentos físicos.

SOURCE – Quais os três álbuns do Vulcano que mais venderam e quais você mais gostou do resultado final?

Zhema Rodero (Guitars) – Os que mais venderam foram, na ordem, “Bloody Vengeance”, “Live” e “Tales from the Black Book”. Com relação aos que mais gosto é algo muito vulnerável a mudanças de opinião, respondendo sua pergunta na data de hoje,” Anthropophagy” e “Stone Orange”.

SOURCE – A UK Camiseteria possui uma camisa licenciada do Bloody Vengeance de ótima qualidade, a qual está esgotada – https://www.ukcamiseteria.com.br/produtos/vulcano-bloody-vengeance/?variant=377112326. Como estão os licenciamentos de merchandise no Brasil e no Exterior?

Zhema Rodero (Guitars) – “Merchandise” é um assunto que não me atrai muito e não coloco minha energia. Quando vou à Europa eu providencio na Alemanha uma certa quantidade de camisetas, e só camisetas. Aqui no Brasil respondo positivamente aos que me fazem algum tipo de oferta, como foi o caso da UK. Essa coisa de chaveiro, boné, cerveja, cachaça, abridor de lata, eu não curto. Eu já recebi inúmeras propostas de “merchandise” de Europeus e Americanos, mas nunca entendi direito o que eles propõe.

SOURCE – Stone Orange é o décimo nono álbum da banda, em uma carreira musical de mais de quarenta anos. O que Stone Orange acrescenta de novo nessa trajetória?

Zhema Rodero (Guitars) – Sob minha perspectiva acrescenta elementos que tenho no subconsciente referente aos meus primórdios, bem antes do surgimento do Metal Extremo. É um álbum com todos os elementos do Vulcano permeados com todos os elementos do Zhema nos anos 70.

SOURCE – Desde a febre dos vídeos-clipes, esse recurso de mídia tem sido um forte aliado em processos para divulgações. O Vulcano irá investir mais em vídeos para divulgação do novo álbum Stone Orange?

Zhema Rodero (Guitars) – Eu gostaria muito, porém você usou uma palavra que define muito bem esse desejo e a realidade, “investir”. Produzir vídeos, “lyric video”, “Clip” etc, é muito custoso e eu não tenho esse recurso. Os poucos vídeos que possuímos foram produzidos e doados por amigos, sem custo, como foi o caso desse último feito pelo Igor do “Delicta Carnis”.

SOURCE – Uma pergunta inusitada: Em sua opinião, na capa de Bloody Vengeance, qual o motivo de um dos braços de Jesus Cristo está retirado da cruz? Em sua opinião o que isso significa?

Zhema Rodero (Guitars) – Eu conversei com o Angel agora pouco para saber dele se havia uma razão. Pelo que ele me relembrou, nós estávamos em uma conversa com o Gonçalves, o ilustrador daquela capa, e o Angel propôs que Cristo fosse pintado crucificado de costas, porém o ilustrador disse que não faria isso por ser Cristão e quando a arte chegou o braço estava solto. Foi o máximo que o ilustrador se permitiu.

SOURCE – Com o provável término da pandemia, como o Vulcano está preparando o ano de 2022 para shows e excursões?

Zhema Rodero (Guitars) – Por enquanto temos três datas em Festivais para cumprir, Visions of Rock que acontecerá em Fortaleza, Armagedon em Joinville e Campo do Meio na cidade homônimo em Minas Gerais. Além disso não temos mais nada. Eu estou pensando fortemente e ficar por ai, afinal já estou com meus 63 anos.

Contacts:

Vulcano

Videos: